domingo, 6 de julho de 2014

Justificativa

O papel de regular os conhecimentos socialmente aceitos, que um dia coube basicamente à família, ao estado, à escola e à religião, hoje é cada dia mais preenchido pelas mídias, uma vez que ela é intermediadora de muito dos diálogos entre essas e outras instituições. As empresas midiáticas, responsáveis pelos maiores contingentes de informação hoje disponíveis, seguem a lógica de mercado e buscam o lucro, o que dá às informações distribuídas por esses veículos um caráter excessivamente comercial. Mas o problema não é necessariamente o caráter comercial dessas relações, e sim a falta de clareza – e, portanto, ética - com que interesses financeiros se misturam com os interesses de bem comum.
O discurso midiático atende a acordos financeiros muito bem elaborados, nunca nada é à toa porque passa pelas mãos de muitas pessoas antes de ser público. E quem vai problematizar essas questões?
A mídia e a publicidade têm os seus interesses para não tocarem no assunto e inclusive não quererem que os outros o façam. Assim, voltamos ao início: cabe apenas à escola (e, portanto, ao Estado), à família ou, simplesmente, à curiosidade do jovem problematizar essas questões.
Neste sentido, a ideia do projeto é oferecer publicações periódicas e ressaltar a importância do planejamento e dos processos que culminam nas notícias que formam o produto midiático.

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